quinta-feira, 22 de dezembro de 2011


Não importa a data correta em que Jesus nasceu. O importante é celebrar o fato de que Deus, em um determinado, se fez homem e habitou entre nós. Se algumas pessoas, mesmo que a maioria, não respeitam o Natal como deveriam, fazendo festa e esquecendo-se do aniversariante, também isto não pode fazer com que desistamos de celebrar.



E mais, nada de perseguir o velhinho charmoso com suas vestes inadequadas para um país tropical. Como dizia Martinho Lutero, nossa arma é a Palavra de Deus. Pois bem vamos a ela. O que é o Natal.



Em primeiro lugar o NATAL É UM FATO HISTÓRICO. Lucas 2.1-7 nos ensina esta verdade. Jesus nasceu quando Quirino era governador da Síria. O nascimento de Cristo coincidiu com o recenseamento, que foi ordenado por César Augusto, e que foi “a primeira feita quando Quirino (Cyrenius) era governador da Síria”. Há dificuldades com respeito a datas novamente, mas, o fato é que Jesus nasceu e a história acontecia. Deus, feito homem, invadiu soberanamente nossa história.



Natal também é um cumprimento profético. Jesus nasceu em Belém de Judá, a “A Casa do Pão”. A profecia já tinha sido dada para o profeta Miquéias acerca de 400 anos antes. Podemos até relacionar o fato de que Belém cujo nome significa “Caso do Pão” ter sido o lugar em que nascera o “Pão da Vida”, Jesus o Salvador e Senhor. Jesus nasceu em Belém, pertinho de Jerusalém, logo ali como diria um bom mineiro.



Cidade pequena sim, mas, não pouco importante. Na cidade de Belém nasceu Jesus, o Senhor. Finalmente, o Natal é a revelação do amor de Deus. Sim, ainda em Lucas 2 aprendemos esta verdade abençoadora. O texto diz que ali, em uma estalagem, em um lugar simples, mas, aconchegante, nasceu o salvador que é Cristo o Senhor.



O nascimento de Jesus é a maior demonstração do amor de Deus. Ele, Deus, nos amou tanto que Deus o seu único filho para que todos que Nele cressem, não ficassem separados, alheios, mas tivessem, pela graça o privilégio de ser adotado por Deus. O Natal assina nossa certidão de que somos filhos de Deus.



O fato histórico, profético e amoroso deve ser lembrado sempre, todos os dias do ano. Mas, é bom estabelecermos um dia em que todos parem um pouco para pensar para além das músicas, luzes e presentes. Natal é Jesus!

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Rev. Hernandes Dias Lopes (Apresentador do Programa Verdade e Vida (LPC-IPB)



O Natal é uma festa cristã e não pagã. Há uma onde entre alguns cristãos, na atualidade, taxando aqueles que comemoram o Natal de serem infiéis e heterodoxos, dizendo que essa comemoração não é legítima nem cristã. Precisamos, a bem da verdade, pontuar algumas coisas:

1. A distorção do Natal. Ao longo dos anos o Natal tem sido desfigurado com algumas inovações estranhas às Escrituras. Vejamos: Primeiro, o Papai-Noel. O bojudo velhinho Papai-Noel, garoto propaganda do comércio guloso, tem sido o grande personagem do Natal secularizado, trazendo a ideia de que Natal é comércio e consumismo. Natal, porém, não é presente do homem para o homem, é presente de Deus para o homem. Natal não é a festa do consumismo; é a festa da graça. Natal não é festa terrena; é festa celestial. Natal é a festa da salvação. Segundo, os símbolos do Natal secularizado. Há muitos símbolos que foram sendo agregados ao Natal, que nada tem a ver com ele, como o presépio, a árvore natalina, as luzes, os trenós, a troca de presentes. Essa embalagem, embora, tão atraente, esconde em vez de revelar o verdadeiro Natal. Encantar-se com a embalagem e dispensar o conteúdo que ela pretende apresentar é um lamentável equívoco. Terceiro, os banquetes gastronômicos e a troca de presentes não expressam o sentido do Natal. Embora, nada haja de errado celebrarmos com a família e amigos, degustando as iguarias deliciosas provindas do próprio Deus e manifestarmos alegria e expressarmos amor na doação ou mesmo troca de presentes, esse não é o cerne do Natal. Longe de lançar luz sobre o seu sentido, cobre-o com um véu.

2. A proibição do Natal. Tão grave quando a distorção do Natal é a proibição da celebração do Natal. Na igreja primitiva a festa do ágape, realizada como prelúdio da santa ceia foi distorcida. A igreja não deixou de celebrar a ceia por causa dessa distorção. Ao contrário, aboliu a distorção e continuou com a ceia. Não podemos jogar a criança fora com a água da bacia. Não podemos considerar o Natal, o nascimento do Salvador, celebrado com entusiasmo tanto pelos anjos como pelos homens, uma festa pagã. Pagão são os acréscimos feitos pelos homens, não o Natal de Jesus. Não celebramos os acréscimos, celebramos Jesus! Não celebramos o Papai-Noel, celebramos o Filho de Deus. Não celebramos a árvore enfeitada, celebramos o Verbo que se fez carne. Não celebramos os banquetes gastronômicos, celebramos o banquete da graça. Não celebramos a troca de presentes, celebramos Jesus, a dádiva suprema de Deus.

3. A celebração do Natal. O Natal de Jesus Cristo foi celebrado com grande entusiasmo em Belém. O anjo de Deus apareceu aos pastores e disse-lhes: “Não temais, eis que vos trago boa nova de grande alegria, que será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.11). Natal é a boa nova do nascimento de Jesus. É o cumprimento de um plano traçado na eternidade. É a consumação da mensagem dos profetas. É a realização da expectativa do povo de Deus. Natal é a encarnação do Verbo de Deus. É Deus vestindo pele humana. Natal é Deus se fazendo homem e o eterno entrando no tempo. Natal é Jesus sendo apresentado como o Salvador do mundo, o Messias prometido, o Senhor soberano do universo. Quando essa mensagem foi proclamada, os céus se cobriram de anjos, que cantaram: “Glórias a Deus nas maiores alturas e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lc 2.14). O verdadeiro Natal traz glória a Deus no céu e paz na terra entre os homens. Natal é boa nova de grande alegria para todo o povo. O verdadeiro Natal foi celebrado com efusiva alegria no céu e na terra. Portanto, prossigamos em celebrar o nascimento do nosso glorioso Salvador!

*************************************************************************************************************************************************************** Presb. Enos Moura Filho (Igreja Presbiteriana de Guarulhos - SP)
Uma das canções natalinas mais conhecidas em todo o mundo é chamada "O primeiro natal". Sua autoria é desconhecida, mas acredita-se que se trata de uma canção inglesa do século XVI ou XVII (se bem que há pesquisadores datando-a como sendo do início do século XIII). Foi publicada pela primeira vez em 1833 no "Christmas Carols Ancient and Modern", uma coletânea de canções de época reunidas por William B. Sandys.

Obviamente que descreve o nascimento de Jesus Cristo, proclamado pelos anjos numa noite estrelada em Belém. História que a maioria de nós ouve desde pequenos e que ensinamos (ou pelo menos deveríamos ensinar) aos nossos filhos.

Mas nos dias atuais somos quase que obrigados a conviver com outros aspectos natalinos digamos, menos religiosos.

No início de dezembro um cronista (que me conste nada tem a ver com nenhuma igreja), publicou um artigo num jornal norte-americano chamado USA Today afirmando que esse ano ele precisaria de dois feriados: um para os festejos religiosos, e outro para os festejos culturais. E notem que os Estados Unidos são uma nação de berço evangélico. Quanto mais nós, num país de maioria católica (não-praticante)?

Não estou pregando contra o catolicismo aqui, apenas despertando nossa atenção para o fato que um segundo natal, mais mercadológico, comercial, recheado de sofismas, tem se equiparado ao primeiro natal em importância e atenção no nosso dia-a-dia.

Ou será que o segundo natal já é o mais festejado por todos nós?

Quanto de Papai Noel e de Menino Jesus nossas crianças têm conhecido?

Sem entrar no mérito da questão sobre a origem dos diversos símbolos natalinos extra-bíblicos (a saber: Papai Noel, árvore de natal, guirlanda...), a pergunta que fica é: adianta lutar contra esse lado não bíblico do natal?

Bater o pé e pregar uma alienação a algo que já está culturalmente arraigado às nossas tradições é vantajoso?

Defendo que as idolatrias sejam evitadas. Por exemplo: Papai Noel é tão importante quanto o Coelhinho da Páscoa, nada além disso!

Acredito ser muito mais lúdica a convivência pacífica baseada no esclarecimento do sentido de cada item cultural e, especialmente e prioritariamente, a explanação do verdadeiro sentido do natal (e aqui falo do primeiro natal).

Na minha igreja existe uma árvore de natal. Na porta de casa colocamos uma guirlanda. E na residência dos meus pais há centenas de enfeites natalinos, dentro e fora de casa. Muitos com alusão ao primeiro natal, e outros que mostram aspectos do segundo natal.

Eu gosto muito da época de natal. Acho excelente entrar em shoppings e lojas e ouvir músicas natalinas a toda hora. Mas sei diferenciar o que é cultural e o que é religioso. Sei pesar e dar a devida importância a cada um deles. Nunca deixando que o segundo natal se torne o verdadeiro motivo de minha real felicidade.

Não preciso ter dois feriados natalinos, como descreveu o cronista do USA Today. Posso cantar "O Primeiro Natal" sem pensar no segundo, e posso celebrar o segundo sem sufocar o primeiro! E você?


Fonte : http://www.ipb.org.br/portal/noticias/952-um-feliz-natal-com-cristo

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